27 março, 2017

Morri de Amor. Ressuscitei.


Pessoas queridas, que saudades!

As últimas semanas foram menos boas, daí a minha ausência por estes lados. Situações do coração. Desilusões. Desilusões grandes. E a tomada de consciência de que, uma vez mais, atraí a pessoa errada. Foram dias de muito choro até adormecer [e soube tão bem chorar, foi tão libertador]. Dias de angústia por não saber o que tinha feito de errado. Dias em que voltei a duvidar de mim e em que a minha auto-estima quase foi parar ao charco outra vez. Mas também foram dias de muita reflexão. Dias solitários, em que precisei de tempo e espaço para lamber as minha feridas e secar as minhas lágrimas. Noites que passei acordada, a olhar para o tecto e a passar a minha vida toda a pente fino, para tentar descobrir o que é que poderia mudar para deixar de atrair sacanas. E fez-se luz. Tive uma espécie de epifania. Um momento de lucidez absoluta. E percebi que o amor que tenho por mim tem de ser mais forte do que tudo o resto. O amor que sinto por mim tem de ser superior a todos os canalhas que cruzarem o meu caminho. O amor que sinto por mim tem de ser superior a todos os sacanas que acham, do alto da sua sabedoria, que eu não sou "suficiente" ou "de acordo com as expectativas". O amor que sinto por mim tem de ser à prova de meios-amores, de indecisos e de indivíduos que acham que a verdade deles é absoluta.

Desta forma, o conselho que dou a todas as meninas e mulheres que estão, neste momento, a sofrer de mal de amor, é que reaprendam a amar-se. Olhem-se ao espelho, no fundo dos vossos olhos, e vejam o valor que têm. Não é fácil, só vos vai apetecer chorar aninhadas no canto da casa-de-banho [sim, também fiz isso]. Mas, tal como me aconteceu, haverá um momento de revelação e o vosso amor-próprio virá ao de cima. Porque a base de tudo é isso mesmo. Se nos amarmos, se nos amarmos de verdade, não há nada nem ninguém que nos faça sentir que não somos suficientes. Porque nós somos suficientes, somos mais do que suficientes. Os sacanas que nos partem o coração é que não são suficientes para nós. Porque quem gostar de nós de verdade, nunca vai querer moldar-nos, nem criticar pela negativa, nem tão pouco menosprezar aquilo que somos e sentimos. Como diria a Helena Magalhães: o amor é outra coisa. [Já agora, vale a pena ler o livro da Helena - Diz-lhe Que Não].

Tudo isto para vos dizer que [quase] morri de amor. Mas ressuscitei. Mais forte. Mais determinada. Com mais amor por mim. Com novos projectos em mente. Com coisas boas a acontecerem [terminei o meu curso de terapia sacro-craniana, mas sobre isso falaremos em breve!!]. E com o coração aberto de novo, não à espera de um amor que me complete, mas à espera de um amor que me extravase. Porque ele anda por aí, eu sei que sim. Eu é que tenho andado distraída!




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6 comentários:

  1. De facto, por vezes o amor é tramado. Estar apaixonada tem tanto potencial para ser uma coisa boa... e uma coisa má...

    Ainda bem, ainda bem!, que estás de volta! E mais forte! =D É um gosto imenso ler-te e com essa força renovada ainda mais =D

    Um beijinho dourado

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  2. É assim mesmo! Foi exactamente quando me apercebi do meu próprio valor, do quanto era importante e, principalmente, que ficava muito bem sozinha e não precisava de homem nenhum para ser feliz, que encontrei o melhor homem à face da Terra.

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  3. Catarina-Fénix, a vida há-de trazer-te muito amor, daquele que dá sorrisos e calor no coração.
    Gosto muito de ti! Beijinho

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  4. É bom saber que deste a volta, e com uma epifania tão importante como essa. As dores do coração são sempre complicadas, mas nisto temos que ser um pouco egoístas - ou melhor, não é bem egoístas, é mais uma questão de sobrevivência. E tu tens um coração enorme, cheio de força! <3

    Jiji

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  5. És dos blogues que mais gosto de ler e que mais atitude calma e positiva que transmite e foi com tristeza que me apercebi que levaste um estrondo de todo o tamanho no coração. Eu sei bem como é; mas a mensagem que passaste agora foi a melhor que poderias ter feito. Tudo de bom para ti!

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  6. Tens toda a razão. Desejo-te muita força e coragem para o teu renascimento. Beijinho!

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