23 agosto, 2016

Fibromialgia | A Dor


Esta reflexão está incluída no tópico 'Fibromialgia' mas pode ser transposta para a vida em geral. Quando se fala de dor, a tendência é cada pessoa tentar sobrepor a sua à dos outros. Ou o contrário, achar que a sua dor é menos do que a dos outros. É verdade que, teoricamente, a dor é passível de ser avaliada e até quantificada. No mundo da saúde há, inclusive, escalas que o fazem ou, pelo menos, tentam fazê-lo. No entanto, continuo a achar que é muito difícil, se não mesmo impossível, quantificar a dor. A dor é algo mais subjectivo do que aquilo que pode parecer. Não há duas dores iguais. Não há dores maiores nem dores menores. Na minha modesta opinião, cada pessoa sente a dor à sua maneira. Cada pessoa tem um limite próprio de tolerância à dor. E cada dor é uma dor, não devendo nunca ser desvalorizada.

A dor que eu sinto não é maior nem menor do que a dor de ninguém. É, simplesmente, diferente. Porque é minha. Porque a sinto à minha maneira. Porque não dói sempre da mesma forma. E, por estar associada a uma doença crónica, não faz com que eu me habitue a ela, nem por sombras. Cada dor é igual a si própria, repleta de meandros e de armadilhas. Por vezes [na maior parte das vezes, para ser sincera], extravasa o plano físico e invade a alma, transpondo a barreira do racional, apoderando-se das emoções e toldando o discernimento, tal e qual as ervas daninhas. E o contrário também acontece, há dores emocionais tão fortes e dilacerantes que a única forma de se fazerem ouvir e notar é transpondo-se para o plano físico. Seja como for, cada dor merece respeito. Cada pessoa com dor merece ser respeitada e não sobre ou subvalorizada por isso. Cada pessoa sente a dor à sua maneira. Por isso, não há dores iguais, maiores ou menores. Cada dor é como é, da mesma forma que cada um é como cada qual.

4 comentários:

  1. Concordo completamente!

    Há giveaway a decorrer no blog, participa! ♥
    Beijinhos, xx
    mylittlecorner7.blogspot.pt

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  2. Tens toda a razão, e quem não consegue entender ou respeita não é digno de estar na nossa vida. Um grande beijinho Catarina*

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