20 fevereiro, 2017

Liberto o que não me serve





Ao longo da nossa vida, vamos acumulando momentos, pessoas, esperanças e ideias e planos para um futuro que desejamos que seja de acordo com as nossas expectativas. E está tudo bem quanto a isso. No entanto, por vezes, aquilo que idealizamos, ou que queremos muito para nós, não é o caminho certo, não é aquilo que realmente nos fará bem e nos trará felicidade. O mesmo se aplica a pessoas que teimamos em manter na nossa vida mesmo quando essas mesmas pessoas já nos deram provas de que não merecem um lugar no nosso coração. Em ambas as situações, e em muitas outras, é preciso aprender a libertar.

Durante muitos anos, teimei em manter preso em mim anseios, planos mirabolantes, esperanças vãs que eu julgava serem o melhor para mim. Com o passar do tempo, fui percebendo que tudo isso me estava a fazer mais mal do que bem, porque não era para mim, porque não estava de acordo com a minha energia e com o meu propósito de vida. O mesmo aconteceu com algumas pessoas. Teimei em manter pessoas na minha vida, pessoas tóxicas, que me faziam mais mal do que bem e que só me puxavam para baixo. Pensava que não podia viver sem elas, que a vida não seria a mesma sem elas. De facto, a minha vida deixou de ser a mesma sem elas, passou a ser muito melhor e mais leve.

Muitas das vezes, precisamos de parar durante algum tempo e tomar consciência da nossa vida, daquilo que queremos e não queremos, daquilo que está de acordo com a nossa essência. E libertar. Libertar o que já não nos serve. Libertar o que já não é para nós. Libertar aquilo que nos faz mais mal do que bem. Só libertando tudo isso é que conseguimos criar espaço para que coisas novas e boas possam chegar e instalar-se na nossa vida, tornando-a ainda mais serena e bonita.

Assim sendo, o desafio que vos [nos] proponho é, precisamente, este:

Liberto tudo aquilo que não me serve.
Liberto tudo aquilo que não é para mim nem me faz evoluir.
Liberto tudo aquilo que me faz mais mal do que bem.

Namasté!



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7 comentários:

  1. É muito difícil por vezes libertarmo-nos, por causa das expectativas que as outras pessoas têm de nós, mas eu sei que tenho de ser "egoísta" e só eu sei o que me faz bem e tenho de saber por em prática o desapego. Desapego é algo que estou a aprender e a colocar em prática na minha vida, pois apenas eu sei o que me faz feliz!
    Love*
    Treze Mundos

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  2. Por vezes temos mesmo de nos libertar daquilo que está a mais, do que nos tolda o pensamento e a razão! =)
    Beijinhos,
    http://chicana.blogs.sapo.pt/

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  3. Não foi há muito tempo que (de uma forma muito menos poética) cheguei a essa conclusão para a minha vida. Sobretudo porque tenho duas pessoas na minha vida que me puxavam para trás, me sugavam a energia, me deixava sempre com uma aura de negativismo em torno de mim. Mas faziam parte do meu grupo de amigos e eu gostava delas por isso sentia que tinha de as manter em mim. Até que me libertei. Continuam a fazer parte dos meus grupos de amigos mas só as tenho por perto e não em mim. E estou tão mais leve e feliz!

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  4. O desapego, o libertar é um processo mas já há uns anos que trabalho nesse processo e desde que o comecei, que estou bem melhor. Não ligo tanto a quem olha para mim, fala, critica e nem me conhece. Vai logo para o separador "I don't care", por exemplo.

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  5. Fez-me bem ler este texto agora querida! Lindas e verdadeiras palavras!

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