12 setembro, 2016

Liberdade, Liberdade!


Não vejo telenovelas há já muito tempo. A última que acompanhei com alguma assiduidade foi o remake da Gabriela, pois achava o enredo divertido e, afinal de contas, era um clássico. De resto, não tenho por hábito ver telenovelas, nem mesmo as nacionais [nada contra, até acho bem que invistam na ficção nacional]. E não vejo telenovelas porque aquilo começou a cansar-me sobremaneira. Se repararmos bem, o enredo é sempre o mesmo: há a boa, a má, o galã, o vilão, o coitadinho e o palhaço de serviço. A boa apaixona-se pelo galã, depois aparece a má [que por norma já teve uma relação com o galã] e diz que está grávida para separar o casal e, como se não bastasse, ainda vem o vilão ajudar à festa com maldades tão previsíveis como dois mais dois ser igual a quatro. Enfim, a minha paciência esgotou-se. No entanto, se for uma telenovela de época, que represente partes da história, com factos reais, até sou capaz de ver. É o que está a acontecer com a mais recente telenovela da sic Liberdade, Liberdade. Quando vi o trailer percebi logo que era algo que me iria interessar. E não estava enganada. Esta telenovela relata o período em que o Brasil luta pela independência [quer deixar de ser uma colónia portuguesa e passar a ser império]. E a personagem principal é uma mulher - Rosa - filha de um dos homens que começou a luta pela independência do Brasil e que foi mandado enforcar pela rainha D. Maria I. Rosa [que antes se chamava Joaquina] é adoptada por uma outra família e vai para Portugal, onde cresce e se torna numa mulher de armas [literalmente!]. Regressada ao Brasil, fica chocada com o que vê: miséria, escravidão e violência em cada canto. A partir daqui, toda uma história de luta e resiliência se irá desenvolver. Até ver, estou a gostar desta telenovela. Vamos ver o que os próximos episódios revelam e se vou conseguir acompanhá-la até ao fim sem me cansar.

2 comentários: