Sim, posso dizer que sou 'make-up-dependente'

[Fotografia da minha autoria]

Ultimamente, muito se tem falado do uso ou não uso de maquilhagem. Há quem ache que a maquilhagem é essencial no dia-a-dia, pois é uma forma de nos sentirmos melhores com a nossa imagem; há quem defenda que não precisamos de maquilhagem para nada porque nos devemos assumir como somos, afinal somos 'lindas sem make up' [como diz o outro senhor]. Duas opiniões válidas. Eu cá acho que cada mulher deve fazer como achar que se sente melhor, sem ser condenada por isso.

Vou agora falar do meu caso em concreto. Até há uns tempos atrás, nunca fui muito de usar maquilhagem. Tinha o básico dos básicos e só me maquilhava nos 'dias de festa' ou em ocasiões mais especiais. No entanto, desde que fiquei doente [detesto dizer isto!] que a maquilhagem tem sido uma preciosa aliada. E passo a explicar porquê. A fadiga e as dores não me deixam dormir como deve de ser, há alturas em que passo a noite em claro e no dia a seguir tenho que ir trabalhar logo cedo. Escusado será dizer que acordo com uma cara que mete dó, uma palidez assustadora e umas olheiras que quase chegam ao chão. E não é exagero, é mesmo assim. Infelizmente, toda a dor e cansaço que sinto reflecte-se no meu rosto. Ora tendo eu uma profissão que envolve o cuidado a pessoas doentes, como poderia eu aparecer com uma cara mais doente do que a dos meus doentes? Pois, é aqui que entra a bendita maquilhagem! Sim, maquilho-me todos os dias para ir trabalhar. Uma base, um blush e um corrector de olheiras são o suficiente para me deixar com um ar mais fresco e saudável. E isso é bom para todos, principalmente para mim pois fico a sentir-me mais leve e fresca e menos doente. Por isso, considero-me um tanto ou quanto dependente da maquilhagem, porque me ajuda a sentir melhor e mais saudável e, só por isso, já vale a pena.

Em suma, acho que se a maquilhagem existe é para que a usemos a nosso bel prazer. E não devemos criticar quem a usa ou deixa de usar. Cada mulher é livre [ou, pelo menos, deveria ser] para decidir o que quer ou não quer fazer. E nós só temos que respeitar. Simples assim.