28 setembro, 2015

À flor da pele #4


Ser mais tolerante. Com os outros. Acima de tudo, comigo.

A tolerância nunca foi o meu forte. Sempre fui pouco tolerante com os outros. E menos ainda comigo. Sempre me condenei pelos erros, sempre me maltratei. Sempre exigi em dobro, sempre pensei que, assim, poderia ser vista de forma diferente aos olhos dos outros. Não tolerava as minhas fraquezas, a minha tristeza, os meus quereres. Não tolerava a forma como só queria ser simples e feliz. Não tolerava ouvir o meu coração dizer para não me deixar embarcar em jogos de regras e para não perder a minha essência. Sempre fui pouco tolerante. E quase enlouqueci, em noites pautadas por obsessões por tudo e nada, trocando prioridades e sentidos, errando caminhos só porque achava que, assim, poderia, finalmente, derreter os corações alheios. A falta de tolerância é grave, quase letal.

Estou a aprender a ser mais tolerante. Afinal de contas, sou humana, tenho o direito de errar, de cair, de chorar e, acima de tudo, de fazer aquilo que gosto. Por enquanto, ainda vou na teoria. Mas hei-de conseguir chegar à prática.

6 comentários:

  1. Claro que sim, vais conseguir tudo isso e muito mais, não desistas :)

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  2. Eu também não sou nada tolerante. Mas acho que a partir do momento em que reconheci isso, tenho dado grandes passos... Boa sorte :)

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  3. Quando somos novos temos tendência a ser muito radicais nas nossas ideias, e é daí que vem a intolerância. Com o tempo vai passando, felizmente :)

    www.perdidaemcombate.blogspot.pt

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  4. Como te compreendo. Posso ate ter muita paciencia, para comigo e para os outros. Mas sei que podia/devia ser mais tolerante...

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  5. Também sou assim e tenho tentado muito melhorar. Até que há uns tempos dei comigo a achar que estava a tolerar demasiado... É um equilíbrio difícil.

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